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É com prazer que dedico esta sucinta memória descritiva ao laborioso e estimado povo de Vasco Esteves de Cima.
Povo Lutador, culto e cheio de esperança nas dificuldades que sempre teve de enfrentar.
Concomitantemente, presto igualmente a minha homenagem ao saudoso Padre Jaime, que sempre mostrou por este Povo uma declarada predilecção, pela memória que escreveu nos anos cinquenta e que será uma das fontes de consulta deste modesto trabalho.
Topónimo

A respeito do topónimo de Vasco Esteves de Cima refiro o que já disse sobre o topónimo de Vasco Esteves de Baixo.
Várias foram as suas designações para o distinguir do seu homónimo: Vasco Esteves do Cabo, de lá, d’ Alem e finalmente Vasco Esteves de Cima.
Vasco Esteves deve ter sido um rico proprietário que desbravou, valorizou e transformou a agricultura e pecuária desta zona, impondo-se pelo seu dinamismo, e espírito de iniciativa aos outros casais. Com um perfil de chefia reconhecido por todos.
O topónimo será assim a expressão da admiração que lhe votaram os seus contemporâneos e descendentes.
Vida Religiosa
Inicialmente a festa das Chouriças, realizava-se nas proximidades do Carnaval, em Quinta-feira das Comadres. No “tempo da juventude dos mais velhos começou a guardar-se o dia”.
De 1933 a 1945 a festa realizava-se em Sábado Magro, penúltimo domingo antes do Carnaval. A partir deste ano, com a chegada do novo pároco, a missa começou a ser cantada pelo povo e como nos outros povos a festa não tinha a participação de nenhuma filarmónica, só alguns foguetes.
Em 1946 a festa foi mudada para o chamado Domingo Magro.
Em 1951 o povo pediu a mudança da festa para o Domingo de Carnaval, “o que não será muito viável”, regista o Padre Jaime.
Com a inauguração da capela de Nossa Senhora do Bom Parto começou a fazer-se uma outra festa, em sua honra, no último Domingo de Setembro, com música e participação de vários sacerdotes.
No Ano de 1951 os mordomos decidiram mudar a festa para o último Domingo de Agosto.


Todas as crianças frequentam a catequese e pertencem à Cruzada Eucarística. Nos primeiros domingos de cada mês vão Alvoco fazer a sua comunhão reparadora.
Muitos residentes de Vasco Esteves de Cima pertencem à irmandade das Almas e à Associação do Sagrado Coração de Jesus e de Nossa Senhora do Rosário.
Em 1951, o povo pagava ao Pároco, pela capelania, 1.500$00 anuais. Havia onze ementas e a Côngrua recebida pelo Pároco era de 25 alqueires a meio, à razão de meio-alqueire por família.
Vida de Piedade
A missa matinal de Alvoco, chamada a missa dos pastores, passou a celebrar-se na capela de Nossa Senhora de Bom Parto, aos domingos, a partir de 1949.
Talvez, graças a esta circunstância, Vasco Esteves de Cima é o povo que manifesta uma vida espiritual mais intensa. Um bom número comunga aos domingos e celebra as primeiras sextas-feiras e é rara a pessoa que não cumpre o preceito da desobriga.
Nos dias da semana reza-se o terço na capela velha e ao domingo na nova capela, orientado por Lucinda dos Santos, Maria Fernanda dos Santos e Maria Laurinda Antunes.
A catequese, a partir de 1944 passou a ser na capela a cargo das catequistas Lucinda dos Santos, Maria do Patrocínio Antunes, Maria do Carmo Marques e Maria José Antunes. Em 1951 eram catequistas Maria do Carmo Marques, Maria Laurinda Antunes, Maria de Lurdes Marques Gonçalves e Nazaré Eusébio da Silva.
Todas as crianças frequentam a catequese e pertencem à Cruzada Eucarística. Nos primeiros domingos de cada mês vão Alvoco fazer a sua comunhão reparadora.
Muitos residentes de Vasco Esteves de Cima pertencem à irmandade das Almas e à Associação do Sagrado Coração de Jesus e de Nossa Senhora do Rosário.
Em 1951, o povo pagava ao Pároco, pela capelania, 1.500$00 anuais. Havia onze ementas e a Côngrua recebida pelo Pároco era de 25 alqueires a meio, à razão de meio-alqueire por família.
Fonte: Livro Alvoco da Serra de António Mendes Aparício 2007