No limiar do 3ºmilênio

Em 2004, na aurora do terceiro milénio da era cristã, o povo de Vasco Esteves de Cima tinha 26 fogos e um total de 74 habitantes:
– Seis fogos tinham apenas uma pessoa;
– 11, duas pessoas;
– 2, três pessoas;
– 5, quatro pessoas;
– Um com cinco e outro com seis pessoas.

Dezasseis dessas moradias estão situadas na margem direita do ribeiro e as restantes na margem esquerda. Em todo o povoado estão fechados 26 casas.
A população distribui-se assim por níveis etários:
– 9 crianças até aos 10 anos de idade;
– 4 pessoas dos 10 anos aos 19 anos;
– 4 pessoas dos 20 aos 39 anos;
– 6 pessoas dos 40 aos 70 anos;
– 26 pessoas têm mais de 70 anos.

Seis crianças, frequentam a Escola Básica do 1.º ciclo, em Alvoco; três adolescentes frequentam a Escola Básica 2/3 de Loriga e 3 jovens a Escola Secundária de Seia.
Como em todos os povos vizinhos a colónia emigrante duplica a população residente.
Lisboa é bem Vasco Esteves de Cima City, pois é o principal destino duma boa parte dos ausentes. Na Europa, a Bélgica suplanta a Suíça, Alemanha e França, como procura de trabalho e espaço para viver.

Entre a população residente já ninguém vive do campo. Apenas são cultivadas pequenas áreas como complemento da reforma. Todos têm as suas hortas onde semeiam batatas, feijões, cebolas, alhos e outros produtos hortícolas. Apenas há uma cabrada digna desse nome com cerca de 30 cabeças de gado.
Cinco famílias têm pequenos rebanhos de uma a seis cabeças.

Em Agosto de 2004, quatro homens, deslocam-se diariamente para trabalhar na construção civil. Na área da actividade empresarial há a registar a empresa de construção civil de António Alves, com seis empregados e uma carpintaria-marcenaria na Catraia com quatro operários

Área Festiva

Na área festiva celebram-se três festas: a festa das chouriças no Domingo Magro, a festa da Nossa Senhora do Bom Parto, no Domingo de Julho e a Festa da Nossa Senhora da Conceição, no dia 8 de Dezembro. Todo o povo, através dos seus mordomos, põe todo o seu zelo ao serviço de Deus e do povo.

As festas e a missa ao domingo, como festa primordial, há décadas aqui celebrada, são a alma do povo: alimentam a esperança, lembram que o homem não esta só, curam as feridas morais e sociais aproximam as pessoas, fomentam a gratuidade e a participação na vida da comunidade, promovem a concórdia e a paz. As festas são para o povo o que a alma é para o corpo: vida, comunicação, fraternidade.

Um forte contributo para o progresso e bem-estar do povo foi a criação do belo e espaçoso equipamento da sede da Sociedade Recreativa e Cultural de Vasco Esteves de Cima, fundada em 1985. Esta estrutura passou a ser ponto de encontro, convívio, prestação de serviços e oportunidade de fazer festa mesmo quando o tempo não quer. O salão no piso térreo, o bar e a sala de encontro diário ao nível do primeiro andar, completado com a sombra das tílias do largo da capela para a conversa e jogo, é um espaço comunitário invejável que deve ser estimado e incrementado.

A Sociedade Recreativa, ao longo do ano, além do cafezinho nas tardes de sábado e domingo, organiza festas, convívios e secções culturais e recreativos. No verão, quando o povo fervilha de vida com o regresso dos ausentes, a sede de Sociedade transformar-se na sala de visitas do povo.

Uma nota qualitativa da vida do povo é a existência de 10 licenciados, na saúde, ensino e investigação. Sublinho o grupo que já nasceu e estudou na Bélgica.

É-me grato sublinhar a existência de uma boa meia dúzia de casas novas com uma linguagem arquitectónica e estética à base do xisto e de madeiramentos. Expressão de beleza, arte e cultura. Parabéns!

Fonte: Livro Alvoco da Serra de António Mendes Aparício 2007

A Capela A primeira capela de Vasco Esteves de Cima tem como Orago Nossa Senhora da Conceição e deve ter...

Leia Mais

A Família Santos Marques A família Santos Marques, à qual estão ligadas a maior parte das famílias da povoação, é...

Leia Mais

No limiar do 3ºmilênio Em 2004, na aurora do terceiro milénio da era cristã, o povo de Vasco Esteves de...

Leia Mais

Recenciamento Segundo o recenseamento de 1950, Vasco Esteves de Cima tinha 44 fogos, 71 homens e 80 mulheres, à razão...

Leia Mais