
Recenciamento
Segundo o recenseamento de 1950, Vasco Esteves de Cima tinha 44 fogos, 71 homens e 80 mulheres, à razão de 3,4 habitantes por fogo, enquanto Vasco Esteves de Baixo tinha 3,07 habitantes por casal.
A localização geográfica de Vasco Esteves de Cima é digna de uma aguarela: O casario, pobre e ao mesmo tempo nobre, típico, belo, enquadrado no meio ambiente, emoldurado por uma vegetação de pinheiros, acácias, oliveiras, figueiras e videiras, que se entende sobranceira e alcantilada à ilharga do caminho, que do povo de Vasco Esteves de Baixo se dirigia para a Teixeira.
A capela de Nossa Senhora da Conceição, a única mancha branca no conjunto xistoso, parecia um ninho do céu, iluminando e protegendo o seu povo.A primeira vez que passei por Vasco Esteves de Cima, acompanhando uma multidão de Alvoco e povos anexos, tendo à o frente o Padre Jaime, foi em Outubro de 1944, quando se realizou a homenagem prestada ao benemérito Padre Manuel Pedro de Gouveia, que vivia na freguesia da Teixeira e que “ganhou no céu”, como reza o povo, a caminho de Alvoco durante vinte e três anos de ministério sacerdotal, desistindo, apenas, vergado pela doença, idade e muitos trabalhos.
Nessa ocasião, passei curioso e meditativo, deixando à esquerda a capela e a fonte situada no barroco com o seu lavadouro. Quando dobrei a curva do caminho, na sequência do cabeço de Nossa Senhora de Bom Parto e olhei para trás, julguei ver uma aparição, um presépio vivo e encantador, no qual sobressaia o branco dos caixilhos e cortinados de renda, no cinzento xistoso do conjunto.
A cultura principal é o milho associado à pluricultura do feijão, batata, couves, nabos, alhos, cebolas, hortaliças e outras.
Há também oliveiras, videiras, pereiras, macieiras, cerejeiras, figueiras, pessegueiros, castanheiros e medronheiros. As encostas estão cobertas de pinheiros e mato rasteiro, aproveitado para a pastagem do gado caprino também para estrume e lenha.

Há três fornos particulares onde todos vão cozer pão de milho, para consumo próprio. Não há taberna, uma vez que todas as famílias produzem vinho para consumo próprio. Apenas António Eusébio da Silva tem porta aberta para vender mercearia.
Como artistas há apenas um carpinteiro, António Pereira Simão e um funileiro, José Antunes. Todas as restantes famílias vivem do amanho dos campos e uma ou outra, quando a necessidade urge, dedicam-se a fazer carvão.
O Padre Jaime regista: “É um povo que está condenado a não poder aumentar, visto não poder aumentar as terras de cultivo. E assim a sua gente dá-se à emigração, nomeadamente para a Argentina, Brasil, Lisboa, Covilhã, Minas da Panasqueira, Unhais da Serra, onde têm feito grandes fortunas, ou, pelo menos, conseguem o indispensável para viver desafogadamente”.
(…) “Os homens e rapazes apresentam-se bem vestidos, igualmente as crianças e mulheres e muito melhores as raparigas. Os rapazes saem bastante para Lisboa e outras localidades”.
Segundo o recenseamento de 1950, Vasco Esteves de Cima tinha 44 fogos, 71 homens e 80 mulheres, à razão de 3,4 habitantes por fogo, enquanto Vasco Esteves de Baixo tinha 3,07 habitantes por casal.
A localização geográfica de Vasco Esteves de Cima é digna de uma aguarela: O casario, pobre e ao mesmo tempo nobre, típico, belo, enquadrado no meio ambiente, emoldurado por uma vegetação de pinheiros, acácias, oliveiras, figueiras e videiras, que se entende sobranceira e alcantilada à ilharga do caminho, que do povo de Vasco Esteves de Baixo se dirigia para a Teixeira.
A capela de Nossa Senhora da Conceição, a única mancha branca no conjunto xistoso, parecia um ninho do céu, iluminando e protegendo o seu povo.A primeira vez que passei por Vasco Esteves de Cima, acompanhando uma multidão de Alvoco e povos anexos, tendo à o frente o Padre Jaime, foi em Outubro de 1944, quando se realizou a homenagem prestada ao benemérito Padre Manuel Pedro de Gouveia, que vivia na freguesia da Teixeira e que “ganhou no céu”, como reza o povo, a caminho de Alvoco durante vinte e três anos de ministério sacerdotal, desistindo, apenas, vergado pela doença, idade e muitos trabalhos.
Nessa ocasião, passei curioso e meditativo, deixando à esquerda a capela e a fonte situada no barroco com o seu lavadouro. Quando dobrei a curva do caminho, na sequência do cabeço de Nossa Senhora de Bom Parto e olhei para trás, julguei ver uma aparição, um presépio vivo e encantador, no qual sobressaia o branco dos caixilhos e cortinados de renda, no cinzento xistoso do conjunto.
A cultura principal é o milho associado à pluricultura do feijão, batata, couves, nabos, alhos, cebolas, hortaliças e outras.